A execução da estrutura de betão encontra-se concluída nos dois edifícios
Visite o Bairro e testemunhe os dois primeiros edifícios de Vila Rio a marcarem a sua presença em toda a altura.
Um dos desafios de desenvolver um bairro novo é a capacidade de conseguir perpetuar no tempo as memórias de um espaço. Uma matéria intangível mas com um valor inigualável quando para além de apartamentos, escritórios e comércio se quer construir um lugar com um forte sentimento de pertença. Na conceção do bairro Vila Rio, desde sempre, houve esse cuidado, e por isso incluímos a memória como um dos eixos estratégicos de desenvolvimento.
A integração da calçada portuguesa, de obras de arte ao longo do bairro e de um logótipo que expressa a íntima relação com o rio são apenas alguns dos elementos que comprovam a presença da herança da cultura lusa no bairro Vila Rio, tornando-a parte da sua identidade, todos os dias.
A forte aposta na preservação de tradições é, assim, um dos alicerces deste projeto, que singra quando combinada com as melhores tecnologias e técnicas da nossa geração, oferecendo aos residentes uma experiência de vida única.
É também na arte que o bairro Vila Rio encontra a harmonia perfeita entre o ontem e o amanhã. Através de instalações artísticas que convidam a um conhecimento mais profundo sobre cultura local, Vila Rio convida a longos passeios de conhecimento pelo bairro. Este elemento está presente em forma física, mas também conceptual, já que todo o projeto foi pensado nesse sentido. Veja-se o logótipo Vila Rio: de traço moderno e minimalista, é a clara representação de uma imponente embarcação, pronta a semear o futuro nos ventos de mudança. O seu design único é sinónimo do espírito e génese audazes do bairro.
A comunidade avieira presente na frente ribeirinha desde o século XIX, são um dos muitos exemplos da materializam da preservação da memória, raízes e tradições da cidade. Uma comunidade forte, vincada com tradições que nos remetem para o rio Tejo.
A Associação Cultural Avieiros da Póvoa de Santa Iria (ACAPSI) é uma das mais ativas associações culturais da Póvoa de Santa Iria. Fundada em 2012 foca-se na comunidade Avieira, suas narrativas e tradições, e desempenha um papel fundamental na divulgação das suas tradições. O seu trabalho desenvolve-se através de exposições e eventos, muitas vezes em parceria com o próprio município de Vila Franca de Xira, sempre com o objetivo de dar a conhecer a sua cultura e tradições.
Com esta comunidade tão próxima do bairro Vila Rio e com um papel tão ativo na preservação da memória, o estreitar de relações com a ACAPSI aconteceu de forma muito natural.
Fruto da vontade de preservar as tradições locais, o bairro oferece um novo espaço cultural, a Galeria do Rio com uma exposição que homenageia a comunidade Avieira. “Uma Cultura para Partilhar” é o nome da nova exposição – patente ao longo do ano de 2021 – Para saber mais sobre a mostra, ver aqui.
A exposição é testemunho de como o bairro Vila Rio se insere numa comunidade perfeitamente integrada no rio Tejo, com uma cultura e tradições respeitadas e acarinhadas por todos.
Foi também a pensar na cultura que o bairro Vila Rio convidou o artista e avieiro, Mestre Calão, a criar uma réplica de um barco avieiro, igualmente em exposição na Galeria do Rio.
Exposição “Uma história para partilhar” em parceria com artista e avieiro “Mestre Calão”
Em meados do século XIX, pescadores oriundos de Leiria e Gândara migraram em busca de melhores condições de vida, procurando zonas com peixe em abundância. Foi assim mesmo que foram parar ao rio Tejo. Aí, ancoraram os seus pequenos saveiros e bateiras, onde comiam, dormiam e pescavam.
As primeiras versões destas embarcações – feitas em madeira – serviam todos estes propósitos e outros como dar à luz ou criar os filhos, já que cada barco levava sempre dois pescadores, geralmente marido e mulher. Chegavam a estar cerca de duas semanas a pescar sem vir a terra. Testemunhos dessa época relatam a necessidade de um toldo para que parte do barco se mantivesse seco, algo desnecessário hoje em dia, já que as embarcações são feitas de fibra ao invés de madeira.
Após alguns anos, os avieiros foram construindo casas palafíticas junto ao rio para se protegerem das cheias, guardando as embarcações junto ao lar. A comunidade Avieira chegou a compreender 400 pessoas.
Embora tenha havido um declínio nos números, há ainda membros ativos deste coletivo.
E porque a história se quer preservada, algumas associações têm unido esforços para manter a tradição viva, seja por meio de exposições, passeios turísticos ou núcleos museológicos. Junto ao cais, as redes de pesca expostas retratam outros tempos em que não havia parança e alguns barcos de madeira colorida descansam, relembrando memórias antigas.
Parte essencial da cultura local, a comunidade Avieira deve não só ser lembrada como comemorada. É nesse sentido que o bairro Vila Rio une esforços com as gentes locais, promovendo atividades e eventos focados nas tradições que avivam a frente ribeirinha.
O bairro Vila Rio é o retrato de um bairro tipicamente português com uma nova roupagem. Pronta para acolher o futuro, proporciona uma experiência única e eleva a qualidade de vida dos seus habitantes e visitantes.
A colaboração com instituições e associações locais é um dos exemplos do compromisso que Vila Rio tem em contribuir, para a qualidade de vida da comunidade da Póvoa e na promoção da cultura local. Completamente empenhado em ser parte do projeto da requalificação da zona ribeirinha, o bairro pretende ajudar a que esta zona se torne ponte de referência no concelho de Vila Franca a vários níveis. Porque a vida e a cultura merecem um lugar assim, à beira-Tejo.